terça-feira, 20 de novembro de 2012

UMA DAS COISAS MAIS BONITAS PARA SE OBSERVAR

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

terça-feira, 23 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva ou arco-da-velha) é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. Ele é um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou indigo) e. Veja também o artigo sobre as cores para informações sobre o espectro de cores do arco-íris. Para ajudar a lembrar a sequência de cores do arco-íris, usa-se a mnemónica: «Vermelho lá vai violeta», em que l,a,v,a,i representam a sequência laranja, amarelo, verde, azul, indigo. Na língua inglesa é usada a mnemónica roygbiv.
O efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador em uma baixa altitude ou ângulo. O mais espetacular arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador está em um local com céu claro. Outro local comum para vermos o arco-íris é perto de cachoeiras.
A aparência do arco-íris é causada pela da luz do sol que sofre refração pelas (aproximadamente esféricas) gotas de chuva. A luz sofre uma refração inicial quando penetra na superfície da gota de chuva, dentro da gota ela é refletida (reflexão interna total), e finalmente volta o sofrer refração ao sair da gota. O efeito final é que a luz que entra é refletida em uma grande variedade de ângulos, com a luz mais intensa a um ângulo de cerca de 40°–42°, independente do tamanho da gota. Desde que a água das gotas de chuva é dispersiva, a grau que a luz solar retorna depende do comprimento de onda e da frequência, principalmente. A luz azul retorna em um ângulo maior que a luz vermelha, mas devido a reflexão interna total da luz na gota de chuva, a luz vermelha aparece um meteoro colorido que surge depois da chuva .

Por Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
Desde a Pré-História, o homem fascinado por um dos mais belos meteoros atmosféricos - o arco-íris - procurou uma explicação para o espetáculo que observava no céu, geralmente quando o Sol reaparecia depois de uma chuva. Com o passar do tempo e o avanço da ciência, especialmente da Matemática e da Física, foi possível explicar racionalmente o fenômeno. Assim, no século V a.C, o grego Anaxágoras afirmava que o arco-íris era causado pela reflexão da luz do Sol nas nuvens. Esta era a idéia mais exata que se tinha desse meteoro na época.
Alexandre de Afrodísias, outro grego, foi o primeiro a descrever, no século III, uma região escura entre o arco-íris primário e o secundário. Em sua homenagem, essa área foi chamada de faixa escura de Alexandre. Dez séculos depois, o inglês Roger Bacon (1214-1294) mediu pela primeira vez o ângulo formado entre os raios de arco-íris e os raios incidentes da luz solar. Obteve o resultado de 42 graus e determinou que o arco secundário situava-se cerca de 8 graus acima do primário - valores muito próximos dos reais. Ao afirmar que a existência de colorações no arco-íris sugeria que além da refração devia ocorrer também o fenômeno da dispersão, o matemático polonês Vitello (1225-1290) avançou um pouco mais no sentido de solucionar o problema.
Em 1304, o monge alemão Theodoric de Freiberg (1250-1310) em seu tratado De l’arc-en-ciel, reagiu contra a idéia de que o arco-íris resultasse de uma reflexão da luz solar nas gotas de chuva de uma nuvem. Ao contrário, ele sugeria que cada gotícula seria capaz de individualmente produzir um arco-íris. Para comprovar a hipótese, Freiberg experimentou com uma gotícula de água ampliada, ou seja, com um frasco esférico de vidro cheio de água. Traçou assim o caminho dos raios luminosos que produzem o arco-íris. As idéias de Freiberg permaneceram desconhecidas durante três séculos, até serem redescobertas pelo filósofo francês René Descartes (1596-1650).
Como Freiberg, Descartes mostrou em 1637 na teoria e na prática que o arco-íris principal é proveniente dos raios luminosos que, após penetrarem nas gotículas de água, são refletidos na superfície interna da gotícula da qual emergem para formar o arco primário, o mais brilhante. Nele se vêem as cores violeta, azul, azul-escuro, verde, amarelo, laranja e vermelho. O arco secundário é formado pelos raios luminosos depois que estes sofrem duas reflexões internas. Como em cada reflexão ocorre uma perda de luz, o arco secundário é sempre mais fraco. Descartes, no entanto, não conseguiu explicar a presença das cores. Isso só ocorreu trinta anos mais tarde, quando o célebre cientista inglês Isaac Newton (1643-1727) compreendeu que a luz branca é uma mistura da luz de todas as cores e que o índice de refração da água (ou todo material transparente) é ligeiramente diferente para as diversas cores. Assim, o vermelho refrata-se menos que o azul ao passar da água para a atmosfera. Apesar de já possuir a solução do problema das cores no arco-íris por ocasião da primeira edição da obra Opticks (1672), Newton guardou silêncio até a segunda edição em 1704.
Na realidade, ele completou os trabalhos de Descartes com a matematização do fenômeno do arco-íris, ao elaborar uma teoria ótica elementar, na qual explicou o aparecimento das diversas colorações, bem como sua seqüência. Para Newton, "a luz que passa através de uma gotícula de chuva depois de duas refrações é suficiente para formar um arco sensível". Já os arcos supernumerários ou arcos de interferência, tênues anéis coloridos que aparecem ocasionalmente dentro do arco primário, foram explicados em 1803 pelo físico inglês Thomas Young (1773-1829), como um efeito de interferência provocado pelos raios luminosos refratados no interior das gotículas de água.
Em 1959, o físico americano Carl D. Walker, em seu livro The Rainbow from myth of mathematics, relatou que o matemático holandês Johann Bernoulli (1667-1748) sugerira que um terceiro arco ainda mais tênue poderia ser visível às águias ou aos linces, mas não aos olhos humanos. Um dos trabalhos mais recentes sobre o arco-íris é do físico brasileiro Moisés Nussenzweig que desenvolveu uma complexa teoria matemática sobre o fenômeno.
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão é astrônomo e membro da União Astronômica Internacional